sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

FÉRIAS!!

Ficarei uns dias fora do ar, no litoral. Essa é a imagem que me inspira no momento!

(imagem do Google)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

BRS Clara


          BRS Clara é uma cultivar de uva sem sementes desenvolvida pela Embrapa Uva e Vinho. Tem cacho de tamanho médio a grande, cônico, às vezes alado, cheio, longo. As bagas tem forma elíptica, verde-amarelada, película de espessura média, resistente, polpa incolor, firme, crocante; sabor moscatel leve e agradável; traço de semente grande e de cor marrom, porém imperceptível ao mastigar.
          Compramos essas uvas em São Martinho, Loreto, interior de Caxias do Sul, direto da produtora, filiada a Associação dos Produtores de Uva Protegida. Percebi nos cachos a 'bagoinha' que é um acidente fisiológico no qual aparecem, no mesmo cacho, bagas normais e bagas diminutas que podem não atingir a plena maturação. Pode ter causas variadas, como deficiência de boro, precipitação excessiva e/ou aplicação de fungicidas cúpricos durante a floração, entre outros.
           Muito agradável como sobremesa. Eu considero o fato de serem uvas apirenas (sem sementes) o grande diferencial no prazer de degustar essa fruta.
          Um pouco de dados técnicos: a uva destaca-se pelo suave e agradável sabor moscatel, pela coloração verde-amarelada das bagas e textura crocante da polpa. Apresenta um elevado potencial glucométrico, chegando a mais de 20°Brix, sendo o ponto de colheita recomendável, porém, de 18°Brix a 19°Brix, quando a relação açúcar/acidez (SST/ATT) situa-se em torno de 24. Apresenta boa conservação na planta, o que favorece o retardamento da colheita, se houver interesse. Também comporta-se bem em relação ao rachamento de bagas causado pela ocorrência de chuvas durante o período de maturação da uva. O cacho apresenta boa conformação, sendo naturalmente cheio, sem necessidade de raleio de bagas. As bagas têm boa aderência ao pedicelo, sendo bastante resistentes à degrana, mesmo após a seca do engaço. O engaço desidrata relativamente rápido após a colheita, sob condições de ambiente natural.

(fonte e imagem: CNPUV - Embrapa)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Giro de vinhos na praia do Imbé/RS - parte 2

          Continuamos 'viajando' pelo mundo do vinho e desta vez a parada foi na África do Sul. Para harmonizar com a moqueca  foi selecionado o vinho Avondale Chenin Blanc 2009, 13,5% de álcool. É produzido na região de Paarl, em vinhedos biodinâmicos. Tem um ótimo volume de boca, com acidez equilibrada e sensação de doçura.




          Chegamos ao Chile, para degustar um Punto Final Sauvignon Blanc 2010, do Vale de Casablanca. Muito aromático, com maracujá, abacaxi e pêssego, boca agradável e acidez equilibrada. 12,5% de álcool. Na minha opinião, a marca Punto Final tem um dos rótulos mais bonitos e bem bolados do mundo do vinho, com descritores relacionados ao produto escritos de forma contínua. Como ambos os vinhos são para serem bebidos jovens, contam com tampa screw-cap em vez de rolha de cortiça. Uma tendência mundial para esse tipo de vinho. Há controvérsias e eu gostaria de saber a sua opinião!



          Na sobremesa, sorvete de limão siciliano e frutas frescas, figos e uvas Goethe, Niágara e Bordô. Deliciosos!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Giro de vinhos na praia do Imbé/RS - parte 1

          Vinho e praia tem tudo a ver, principalmente se os exemplares escolhidos forem refrescantes brancos! A Confraria Feminina do Espumante e do Vinho do Vale do Sinos passou o sábado no litoral, na agradável casa da nossa presidente Rosely, degustando ótimos vinhos internacionais. O giro começou na Espanha, com a cava Hórus Brut, elaborada através do método tradicional, com a segunda fermentação em garrafa. Os vinhos base, na proporção de 1/3 cada são Xare-lo, Macabeo e Parellada, uvas autóctones (nativas) da Espanha. 11,5% de álcool. Linda coloração esverdeada, com perlage fino e persistente. Muito agradável, delicada e equilibrada em boca, seca na medida certa. Esta cava é produzida pelo grupo Freixenet, em Penedés, na Cataluña. Hórus é o deus grego da inovação. Belo nome!



          Depois seguimos até Portugal, com o vinho verde J. Antunes safra 2009, 11% de álcool. Deliciosa efervescência marcou o aspecto visual e deu refrescância em boca. A variedade de uva não é citada pois, pela legislação vitivinícola portuguesa (como em outros países) somente cita-se a cultivar se essa compuser 85% ou mais do vinho. Os vinhos verdes são vinificados a partir de uvas autóctones, de origem remota, provavelmente fenícia. Há cerca de 230 variedades autóctones em Portugal. Como acontece em quase toda a Europa, os vinhos portugueses são denominados pela região e não pela variedade de uva. São chamados 'vinhos verdes' pois são vinificados com as uvas verdes, não maduras. Acompanhamos este vinho com espetinhos de camarão e queijo à milanesa.




          No próximo post continua o giro, com África do Sul e Chile.

(para elaboração deste post, utilizei algumas informações do livro 'A Bíblia do Vinho' de Karen McNeil)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A marca 'Granja União' muda de mãos

          Às vésperas de completar 80 anos, a Cooperativa Vinícola Garibaldi confirma a compra dos direitos de produção e comercialização da histórica e conhecida marca Granja União, que estava sob domínio da Vinícola Cordelier (situada no Vale dos Vinhedos). O anúncio foi feito pelo presidente Oscar Ló na convenção de vendas, com representantes da Garibaldi de todo o Brasil para balanço e planejamento do ano de 2011. Hoje, a Garibaldi é referência de qualidade na elaboração de espumantes e suco de uva. "Vamos incrementar nosso portfólio de vinhos finos tendo a Granja União um dos carros-chefes", afirma Oscar Ló, sem revelar os números envolvidos na negociação. "Estamos investindo na tradição de uma marca afirmada e reconhecida, que ainda se mantém viva na memória das pessoas através de histórias contadas e passadas de pai para filho", recorda. A marca é lembrada pelo seu tradicional slogan: "Não arrisque. Na dúvida, escolha um Granja União".
          A Cooperativa Vinícola Garibaldi projeta dobrar sua venda de vinhos finos já em 2011, com a aquisição da marca Granja União. Em 2010, ela comercializou 280 mil garrafas de vinhos finos, acréscimo de 45% sobre 2009. "Este ano, só de Granja União queremos vender 300 mil garrafas", calcula o presidente Oscar Ló, que manterá os rótulos e a características dos vinhos Granja União, elaborados a partir das uvas Riesling, Malvasia, Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e Tannat. "Só iremos acrescentar um moscatel e mudaremos o espumante brut", revela. A aquisição da marca é simbólica, no ano em que a Garibaldi completa oito décadas de existência, em 22 de janeiro. O rótulo Granja União surgiu no ano de seu nascimento, em 1931, elaborado pela Companhia Vinícola Riograndense, que anos depois tornou-se a principal concorrente da Garibaldi. A marca mudou o mercado e a concepção de vinhos no Brasil. "O rótulo Granja União foi o primeiro vinho varietal elaborado no país", lembra Oscar Ló.
          A Companhia Vinícola Riograndense, criadora da marca Granja União, comprada pela Cooperativa Vinícola Garibaldi, chegou a ter 25% da produção de vinhos do Rio Grande do Sul. Dois anos depois de sua criação, passou a importar mudas de parreira da Europa para desenvolver experimentos na Granja União, localizada em Flores da Cunha (onde atualmente é a sede da Luiz Argenta). O local funcionava como uma estação de aperfeiçoamento das videiras, com o objetivo de contribuir para eliminar vinhos de má qualidade e para disseminar a elaboração de vinhos com tecnologia adequada e sob controle. A marca Granja União foi a responsável pela definição das variedades viníferas mais conhecidas na Serra Gaúcha há até pouco tempo. Durante muitos anos, quando se falava em Riesling ou Cabernet, automaticamente associava-se o nome Granja União. O sucesso era tamanho, que as vendas tiveram que ser limitadas já que a produção era insuficiente para atender à demanda.

(fonte: Newsletter de Affonso Ritter)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A vista da casa da bisavó...

A avó do meu marido mora em frente à Vinícola Luiz Argenta, em Flores da Cunha. Aproveitei para fazer umas fotinhas...


Esse é o parreiral da 'nonna', de uva Isabel, usadas como uva de mesa e para fazer uvada.


 No canteiro central da avenida, uma espaldeira de uva Niágara, com fins de paisagismo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bodega Ruca Malen - parte 4


          A sobremesa do menu degustação na Bodega Ruca Malén é um caso à parte, maravilhosa. É um pastel de banana assada, com creme de chocolate branco, canela, mel e caramelo. Vem servida num imenso prato fundo, decorado com essas gotinhas de caramelo. Só aí já seria ótimo. Mas, eis que surge uma linda moça com uma jarra da calda de chocolate branco e...



...a despeja nos pratos, formando uma deliciosa piscina de chocolate! O vinho que acompanhou foi o Ruca Malén Chardonnay 2007 (100% Chardonnay, 30% fermentado em barrica francesa (battonnage) e envelhecido em carvalho por 8 meses; 70% fermentado em tanque de aço inox). Destacam-se notas de manteiga, mel e tostado, harmonizando com essa sobremesa, onde sobressaem os sabores doces do mel, do caramelo e do chocolate branco.
 

          Após tanta comida maravilhosa, tantos vinhos deliciosos, o resultado é um só: muita alegria!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Bodega Ruca Malen - parte 3


          Após a visita o menu degustação continuou, a partir do segundo passo do aperitivo: espetinho de carne curada com especiarias e empanada de abóbora-cabaça e nozes, com molho chimichurri de azeite de oliva Picual. Acompanhou o vinho Yauquén Cabernet Sauvignon 2009 (100% Cabernet Sauvignon, 30% do vinho envelhecido em carvalho por 6 meses), fresco e frutado.
          O terceiro passo foi a entrada, terrine de queijo fresco, alho-porró e azeitonas pretas com xarope de funghi e pão de campagne torrado em azeites de oliva Arauco e Farga. Vinho Ruca Malén Merlot 2005 (90% Merlot, 5% Malbec, 5% Petit Verdot, envelhecidos em separado por um ano em carvalho, 80% francês e 20% americano). Destaque para as deliciosas azeitonas, que são tostadas no forno.


          Finalmente, o prato principal (quarto passo): medalhão de filé assado com creme de borras e cassis, batatas com pimenta preta, berigelas queimadas no fogo e brunoise de legumes. Dois vinhos acompanharam esse quarto passo: Ruca Malén Malbec 2007 (100% Malbec, 12 meses de carvalho, 85% francês e 15% americano) e Kinién Cabernet Sauvignon 2002 (90% Cabernet Sauvignon e 10% Malbec, 15 meses de barrica de primeiro uso, 90% francês e 10% americano).




          A pré-sobremesa, para limpar o paladar, foi uma granita de Chardonnay, limão e alecrim.


A sobremesa, imperdível, no próximo post!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Bodega Ruca Malen - parte 2


A visita foi conduzida pela Beatriz, que falava um português tão perfeito que a pergunta 'tu és brasileira?' foi inevitável! A resposta: 'sou argentina, filha de brasileira e argentino.' Com a mesma desenvoltura atendeu em inglês a outro grupo, americano.
A Ruca Malen é pequena, com capacidade para cerca de 500 mil garrafas. Conta com 30 funcionários, número que considerei alto. Beatriz explicou que, mantendo esse pessoal, não é necessário contratar extras para as épocas de poda e colheita.


Na foto abaixo, vemos o interior de uma prensa pneumática. A função dela é prensar suavemente a uva, antes da fermentação alcoólica para os vinhos brancos, e pode ser usada nos vinhos tintos para o bagaço, no final do processo. Essa lona vai enchendo como um balão e pressionando as uvas. O resultado são vinhos mais delicados, com menos amargor.


Abaixo a área de fermentação, os tanques com cinta de refrigeração e as barricas para envelhecimento. Dos vinhos da empresa, apenas o Yauquén Chardonnay não estagia em barrica.


Retornamos ao salão principal para continuar com o Menu Degustação... no próximo post!


sábado, 1 de janeiro de 2011

Bem Vindo 2011!!


Amigos e Seguidores!
Obrigada pela companhia em 2010!
Espero que em 2011 continuemos a compartilhar nossas experiências em viticultura, enologia e gastronomia.
É sempre um prazer tê-los aqui.
Desejos muitos brindes ao Novo Ano, com as esperanças renovadas!
Enobeijos!!