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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Confraria com Pulenta

              Há quanto tempo eu não posto aqui! Falta absoluta de tempo, devido ao TCC, que deve ser entregue até o final de junho. Mas eu não poderia deixar passar mais uma das reuniões da COFEV. 
              Desta vez na casa da Confreira Marcia P. Começando com bruschetas de tomate regadas aos espumantes da Peruzzo, de Bagé. Demi-sec, delicado, macio, aromático e extra-brut, potente, tostado, seco sem ser duro, me agradou muito. 
             Depois uma salada maravilhosa, de tudo: alface americana crocante, radicchio vermelhinho, alface mimosa roxa e delicada, pimentão amarelo bem fininho, tomatinhos cereja maduros e figos doces e deliciosos. Daí veio a massa: penne com um super molho de funghi, encorpado e potente, para harmonizar com o vinho La Flor de Pulenta, da região de Mendoza, Argentina. É um blend de Malbec, Cabernet Sauvignon e Merlot, com 14,5% de álcool. 
             Para finalizar, sobremesa de petit gatêau com sorvete. Muita conversa boa e risadas fecharam a noite. (minha câmera ficou em casa, então estou sem fotos)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

La Vie en Rose...

                     Reunião da Confraria Feminina do Espumante e do Vinho do Vale do Sinos (COFEV) é garantia de sucesso pelo simples fato de estarmos reunidas. A confreira Marcia Praxedes abriu sua linda casa, decorada com muitas orquídeas em flor, para esse encontro. Marcia teve o auxílio da ex-confreira Maria de Lourdes Milan, nutricionista, e do marido para nos surpreender com um delicioso salmão com alcaparras e batatas noisette, mais salada de folhas coloridas. Na recepção, torradinhas com patê de queijos, grissinis bem fininhos e biscoito de fibras, saudável e delicioso!


                    Para a degustação, nesse mês cor de rosa, escolhemos como tema espumantes rosés. Começamos com o Dall Pizzol Brut Rosé, elaborado pelo método Charmat Longo, a partir de vinho base de Pinot Noir e Chardonnay. O corte é realizado antes da fermentação alcoólica, para gerar uma coloração mais estável e para que os aromas sejam ressaltados. Possui linda cor rosado cereja, perlage intensa e duradoura.
                    O próximo espumante foi o Conde de Foulcaud Rosé Brut, com excelente relação custo/benefício. Elaborado pelo método Charmat, a partir das uvas Merlot, Pinotage e Cabernet Franc vinificadas em rosado, com rápido contato do mosto com as cascas, tem uma tonalidade rosa claro nítida e perlage abundante e persistente. Aroma frutado, acidez equilibrada e frescor dão vida a esse espumante. (Eu já havia degustado e postado sobre esse espumante aqui)
                    Na sequência, foi a vez do Vallontano Rosé. Com um corte tradicional de Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico, é delicado, com coloração rosa com reflexos amarelados, perlage intensa e persistente, frutado e elegante.


                    Produzido pelo método tradicional de segunda fermentação em garrafa, o espumante Pizzato deu sequência à degustação. Um interessante corte das uvas Merlot e Pinot Noir, com cor salmão, perlage perfeita, abundante e persistente. Aromas muito interessantes de especiarias, nozes e passas. Os aromas da Merlot se fazem muito presentes. Sem dúvida o melhor da noite.
                    Para finalizar a degustação de vinhos e poder partir para a degustação de salmão (!) servimos o espumante Miolo Cuvée Tradition Brut Rosé, também elaborado pelo método tradicional (champenoise). A rainha das uvas brancas, Chardonnay, acompanhada de Pinot Noir e de Merlot, deixa as súditas a seus pés. Linda cor rosada, com reflexos de amarelo, perlage fininho e persistente. Passa cerca de seis meses sobre as leveduras após a segunda fermentação, adquirindo grande complexidade e fineza aromática. (Eu já havia degustado e postado sobre esse espumante aqui)


                    Jantamos, cada uma saboreando seu espumante favorito. Para coroar a noite, sobremesa de Morangos com Ganache, delicados, femininos e deliciosos como nossa noite!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Merlot Laura Hartwig


                    Muito especial o Merlot Laura Hartwig, que fez parte da degustação horizontal às cegas da última reunião da COFEV. Tanto que merece um post exclusivo. A Viña Boutique Laura Hartwig é uma empresa familiar e fica no Valle de Colchagua, no coração vinhateiro do Chile, região próxima à capital Santigo. Busca a excelência nos vinhos que produz, traduzida em sua vocação enogastronômica. O clima do Valle de Colchagua permite a expressão do potencial das uvas, devido à característica climática de amplitude térmica e aos ares do Oceano Pacífico. O vinhedo do Merlot que deu origem a este vinho tem diferenciais interessantes: tem 22 anos de idade e foi plantado em pé-franco, ou seja, sem enxertos. O terroir do Chile permite esse tipo de cultivo, por ser um local praticamente imune a doenças, em função do isolamento proporcionado pela Cordilhira dos Andes e pelo Pacífico. 
                    Os rótulos com visual retrô levam a figura da própria Laura, que herdou de seu pai, em 1966, as terras onde hoje situam-se os vinhedos. Após morar por vários anos fora do Chile, o casal Hartwig-Carte retornou com conhecimento em vinhos e desejo de fazer disso um empreendimento.
                    As uvas colhidas manualmente chegaram até a vinícola em caixas de 5 Kg. Após suavemente desengaçadas, sofreram maceração pré-fermentativa em tanques de ação inox. Fermentou com temperatura controlada por cerca de 12 dias e houve maceração pós-fermentativa por 10 dias. Não necessitou de estabilização por frio, nem de afinamentos. 90% do volume foi envelhecido em barricas francesas por um ano. Obteve um teor de açúcar residual de 3,4 g/L, acidez total de 5,06 g/L (em ácido tartárico), pH 3,68 e 14,5% de álcool v/v.
                    Todo esse cuidado resulta em um vinho decidido, potente, aveludado, de coloração vermelho rubi profundo, com impressionantes reflexos que chegam a ser pretos, aroma de cerejas secas, tem grande estrutura e paladar envolvente. Foram produzidas 1.150 caixas deste vinho na safra 2008. Para nosso deleite...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Degustação às Cegas na Confraria

                Com degustação conduzida por mim, apoio da nossa presidente Rosely, antepasto preparado pela Márcia e cozinha a cargo da Nica, mais uma deliciosa reunião da COFEV aconteceu na última quarta na Perbacco, em Novo Hamburgo. A ideia era fazer uma degustação horizontal às cegas de Merlot, safra 2008. 

                      

                Para as boas vindas servimos o espumante Muraro Brut, elaborado na Serra Gaúcha, com uvas Chardonnay e Riesling Itálico, fresco e vivo, ideal para aquecer a conversa e acompanhar as pastas de Tomate Seco e de Queijo servidas com torradas, feitas pela confreira Márcia.  
                Com o apoio de uma ficha elaborada por mim especialmente para a confraria, degustamos três vinhos, com diferentes procedências e preços. Somente após o término da degustação é que os nomes dos vinhos foram revelados. 
               O primeiro foi o vinho Muraro Merlot, produzido e engarrafado em Flores da Cunha, com uvas da Serra Gaúcha. Um vinho mais leve, que torna-se apropriado para o consumo no dia a dia, pois tem um excelente custo benefício. O segundo foi o Dal Pizzol Merlot, produzido em Bento Gonçalves, com uvas de Bagé; de aroma mais nítido, de café, pão torrado. O terceiro foi o chileno Laura Hartwig, produzido no Vale de Colchagua. De aroma muito fino, caramelado, muita maciez em boca. Um vinho de preço mais elevado, para uma experiência sensorial mais intensa. 


                   Os três vinhos harmonizaram muito bem com o Arroz Primavera da Nica, que tem como ingredientes legumes multicoloridos e frango. A sobremesa também foi muito primaveril, morangos com nata batida. Tudo para harmonizar com a nova estação florida e cheirosa (cheia de alegrias e alergias).


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Vinhos Salton e Chef Rafael na Confraria

A cozinha sofisticada do chef Rafael Zechin mais o conhecimento e o humor refinado do sommelier Vinícius Santigo mais amigas queridas só pode ser igual a uma noite maravilhosa! Eu sentia muita saudade da confraria, muitos compromissos com o final do curso de enologia me afastaram das reuniões, mas meu coração estava sempre por lá. Foi uma alegria poder voltar!
Começamos a noite com espumante de boas vindas Prosecco Salton safra 2011, delicado e agradável. Para harmonizar com a entrada 'Tomate com Crosta Crocante, Crisp de Presunto de Parma, Molho de Iogurte e Mostarda Dijon', degustamos o espumante Salton 100 anos Nature (70% Pinot Noir e 30% Chardonnay) elaborado pelo método tradicional de segunda fermentação em garrafa.



O primeiro prato foi 'Risotto de Aspargos Frescos, Queijo Gorgonzola e Manteiga Trufada', harmonizado com o vinho Salton Volpi Sauvignon Blanc, com acidez na medida para equilibrar o prato. Um dos descritores aromáticos do Sauvignon Blanc é aspargo, fazendo a escolha muito adequada.



O segundo prato foi 'Carré de Cordeiro com Purê de Batata Baroa, Farofa e Geléia de Pimenta', perfeito para o vinho Salton Desejo Merlot, que passa por barricas de carvalho francês e americano.


 A sobremesa 'Flognarde de Frutas Vermelhas' foi uma surpresa deliciosa! As frutas pedaçudas com uma crosta dourada... servida quente, recém saída do forno e caramelizada com maçarico. Companhia ideal para o vinho Salton Intenso, licoroso e dourado elaborado com uvas Chardonnay.



Uma das receitas da felicidade: amigas, vinho e boa mesa!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Giro de vinhos na praia do Imbé/RS - parte 2

          Continuamos 'viajando' pelo mundo do vinho e desta vez a parada foi na África do Sul. Para harmonizar com a moqueca  foi selecionado o vinho Avondale Chenin Blanc 2009, 13,5% de álcool. É produzido na região de Paarl, em vinhedos biodinâmicos. Tem um ótimo volume de boca, com acidez equilibrada e sensação de doçura.




          Chegamos ao Chile, para degustar um Punto Final Sauvignon Blanc 2010, do Vale de Casablanca. Muito aromático, com maracujá, abacaxi e pêssego, boca agradável e acidez equilibrada. 12,5% de álcool. Na minha opinião, a marca Punto Final tem um dos rótulos mais bonitos e bem bolados do mundo do vinho, com descritores relacionados ao produto escritos de forma contínua. Como ambos os vinhos são para serem bebidos jovens, contam com tampa screw-cap em vez de rolha de cortiça. Uma tendência mundial para esse tipo de vinho. Há controvérsias e eu gostaria de saber a sua opinião!



          Na sobremesa, sorvete de limão siciliano e frutas frescas, figos e uvas Goethe, Niágara e Bordô. Deliciosos!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Giro de vinhos na praia do Imbé/RS - parte 1

          Vinho e praia tem tudo a ver, principalmente se os exemplares escolhidos forem refrescantes brancos! A Confraria Feminina do Espumante e do Vinho do Vale do Sinos passou o sábado no litoral, na agradável casa da nossa presidente Rosely, degustando ótimos vinhos internacionais. O giro começou na Espanha, com a cava Hórus Brut, elaborada através do método tradicional, com a segunda fermentação em garrafa. Os vinhos base, na proporção de 1/3 cada são Xare-lo, Macabeo e Parellada, uvas autóctones (nativas) da Espanha. 11,5% de álcool. Linda coloração esverdeada, com perlage fino e persistente. Muito agradável, delicada e equilibrada em boca, seca na medida certa. Esta cava é produzida pelo grupo Freixenet, em Penedés, na Cataluña. Hórus é o deus grego da inovação. Belo nome!



          Depois seguimos até Portugal, com o vinho verde J. Antunes safra 2009, 11% de álcool. Deliciosa efervescência marcou o aspecto visual e deu refrescância em boca. A variedade de uva não é citada pois, pela legislação vitivinícola portuguesa (como em outros países) somente cita-se a cultivar se essa compuser 85% ou mais do vinho. Os vinhos verdes são vinificados a partir de uvas autóctones, de origem remota, provavelmente fenícia. Há cerca de 230 variedades autóctones em Portugal. Como acontece em quase toda a Europa, os vinhos portugueses são denominados pela região e não pela variedade de uva. São chamados 'vinhos verdes' pois são vinificados com as uvas verdes, não maduras. Acompanhamos este vinho com espetinhos de camarão e queijo à milanesa.




          No próximo post continua o giro, com África do Sul e Chile.

(para elaboração deste post, utilizei algumas informações do livro 'A Bíblia do Vinho' de Karen McNeil)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bodega Ruca Malen - parte 4


          A sobremesa do menu degustação na Bodega Ruca Malén é um caso à parte, maravilhosa. É um pastel de banana assada, com creme de chocolate branco, canela, mel e caramelo. Vem servida num imenso prato fundo, decorado com essas gotinhas de caramelo. Só aí já seria ótimo. Mas, eis que surge uma linda moça com uma jarra da calda de chocolate branco e...



...a despeja nos pratos, formando uma deliciosa piscina de chocolate! O vinho que acompanhou foi o Ruca Malén Chardonnay 2007 (100% Chardonnay, 30% fermentado em barrica francesa (battonnage) e envelhecido em carvalho por 8 meses; 70% fermentado em tanque de aço inox). Destacam-se notas de manteiga, mel e tostado, harmonizando com essa sobremesa, onde sobressaem os sabores doces do mel, do caramelo e do chocolate branco.
 

          Após tanta comida maravilhosa, tantos vinhos deliciosos, o resultado é um só: muita alegria!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Bodega Ruca Malen - parte 3


          Após a visita o menu degustação continuou, a partir do segundo passo do aperitivo: espetinho de carne curada com especiarias e empanada de abóbora-cabaça e nozes, com molho chimichurri de azeite de oliva Picual. Acompanhou o vinho Yauquén Cabernet Sauvignon 2009 (100% Cabernet Sauvignon, 30% do vinho envelhecido em carvalho por 6 meses), fresco e frutado.
          O terceiro passo foi a entrada, terrine de queijo fresco, alho-porró e azeitonas pretas com xarope de funghi e pão de campagne torrado em azeites de oliva Arauco e Farga. Vinho Ruca Malén Merlot 2005 (90% Merlot, 5% Malbec, 5% Petit Verdot, envelhecidos em separado por um ano em carvalho, 80% francês e 20% americano). Destaque para as deliciosas azeitonas, que são tostadas no forno.


          Finalmente, o prato principal (quarto passo): medalhão de filé assado com creme de borras e cassis, batatas com pimenta preta, berigelas queimadas no fogo e brunoise de legumes. Dois vinhos acompanharam esse quarto passo: Ruca Malén Malbec 2007 (100% Malbec, 12 meses de carvalho, 85% francês e 15% americano) e Kinién Cabernet Sauvignon 2002 (90% Cabernet Sauvignon e 10% Malbec, 15 meses de barrica de primeiro uso, 90% francês e 10% americano).




          A pré-sobremesa, para limpar o paladar, foi uma granita de Chardonnay, limão e alecrim.


A sobremesa, imperdível, no próximo post!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Bodega Ruca Malen - parte 2


A visita foi conduzida pela Beatriz, que falava um português tão perfeito que a pergunta 'tu és brasileira?' foi inevitável! A resposta: 'sou argentina, filha de brasileira e argentino.' Com a mesma desenvoltura atendeu em inglês a outro grupo, americano.
A Ruca Malen é pequena, com capacidade para cerca de 500 mil garrafas. Conta com 30 funcionários, número que considerei alto. Beatriz explicou que, mantendo esse pessoal, não é necessário contratar extras para as épocas de poda e colheita.


Na foto abaixo, vemos o interior de uma prensa pneumática. A função dela é prensar suavemente a uva, antes da fermentação alcoólica para os vinhos brancos, e pode ser usada nos vinhos tintos para o bagaço, no final do processo. Essa lona vai enchendo como um balão e pressionando as uvas. O resultado são vinhos mais delicados, com menos amargor.


Abaixo a área de fermentação, os tanques com cinta de refrigeração e as barricas para envelhecimento. Dos vinhos da empresa, apenas o Yauquén Chardonnay não estagia em barrica.


Retornamos ao salão principal para continuar com o Menu Degustação... no próximo post!


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Bodega Ruca Malen - parte 1


Finalizando os relatos da viagem a Mendoza (estou quase viajando outra vez!), quero contar a vocês sobre a maravilhosa Bodega Ruca Malen. Tudo nela é poético e instigante, com uma energia fantástica. Começa com a origem do nome. Ruca Malen significa 'casa da mulher jovem'. É uma lenda do povo Mapuche, nativo da região de Mendoza, que conta que todos deviam andar de cabeça baixa, pois do contrário seriam punidos. Uma jovem corajosa um dia levantou a cabeça e vi seu deus. Apaixonaram-se. Ela deveria ser punida. Mas seu destino foi diferente. Seu deus a colocou em um lugar especial, Ruca Malen, e deu-lhe uma bebida para alegrar seus dias, vinho.  


Antes de visitar a vinícola, nos foi servido o primeiro passo do Aperitivo do Menu Degustação, salada de quinoa e limão, temperada com azeite de oliva Arbequina, acompanhada por chips de maçã caramelizados com creme de cítricos e cunha de maçã verde. Harmonizado com o vinho Yauquén Chardonnay 2009 (100% Chardonnay, sem passagem por barrica, sem fermentação maloláctica). Com esta harmonização destacou-se a fruta, a persistência e a acidez equilibrada do vinho através da frescura do creme de cítricos e da maçã.  


O 'recorrido' e os demais vinhos ficam para os próximos posts.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Chianti contemporâneo


          Esse lindo ambiente pertence à Makrovision, loja de equipamentos de automação e home-theaters em Novo Hamburgo. Lá a COFEV reuniu-se para brindar em torno de um vinho italiano, o Chianti Gentilesco, safra 2008, da empresa Bonacchi. Trata-se de um Chianti contemporâneo, onde a uva Sangiovese é cortada com uvas internacionais, como a Merlot e a Cabernet Sauvignon.  


          Este vinho trata-se de um DOCG, que significa Denomizazione di Origine Controllata i Garantita. Existem 24 DOCG na Itália (dados de 2003). Essa denominação foi promulgada pelo governo italiano em 1980, englobando vinhos de melhor qualidade do que a DOC. A DOCG tem normas mais rígidas que a DOC. A palavra Garantita pode confundir os consumidores, pois não é a qualidade organoléptica que está garantida, e sim a obediência às normas da denominação de origem. O Chianti provem da Toscana, berço da uva Sangiovese, considerada a melhor uva da Itália. Tradicionalmente o Chianti era uma mistura de uvas tintas (Sangiovese e Canaiolo) e brancas (Malvasia e/ou Trebbiano). O objetivo de misturar uvas brancas era realçar a vivacidade, impulsionar o sabor e permitir que o vinho fosse bebido mais jovem. Isso popularizou ainda mais o Chianti, mas o corte com Trebbiano, uva neutra (usada na França para destilar e produzir cognac), desestruturou o vinho, tornando-o magro, vazio e desequilibrado. Por ocasião da II Guerra Mundial, cerca de 30% de alguns Chianti era da cultivar Trebbiano. Nessa época, devido a incentivos do governo para o desenvolvimento da agricultura, houve implantação de muitos novos vinhedos de Sangiovese, por toda a Toscana. No entanto, o clone disseminado foi inadequado, contribuindo para afetar a reputação do Chianti. No final da década de 1960, o vinho era mais conhecido pela garrafa de palha, o fiasco, do que pelo conteúdo. Atualmente, de acordo com a DOCG, o Chianti deve ter 75% de Sangiovese, até 10% de Canaiolo e os 15% restantes de outras uvas tintas, inclusive as internacionais Cabernet Sauvignon e Merlot, e passa de 6 a 8 meses em tonéis de carvalho. O resultado é um vinho fresco, frutado, ideal para acompanhar refeições.

Mapa daqui. Bibliografia consultada: A Bíblia do Vinho, Karen MacNeil, 2003.

        

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Relato da Viagem no encontro da Confraria


                No final de setembro, a COFEV reuniu-se na Villa d'Assisi, em São Leopoldo, para ouvir nossas histórias sobre a viagem a Mendoza (vesti a camiseta da confraria, para reforçar o clima!). Esse lugar é um mix de restaurante com livraria com escola de música com escola de idiomas. Muito interessante! Começamos degustando o espumante tinto de Bonarda Alma 4, da Familia Zuccardi. Como era dia 29, o prato não podia ser outro: Gnocchi da Sorte! Ao molho de sálvia e manteiga e acompanhado por um filé ao ponto, harmonizou divinamente como o Malbec Ruca Malen 2006, comprado no Brasil.


                 Essa salada estava muito interessante, tinha um molho cremoso com hortelã e, na realidade, a melhor harmonização foi água! As confreiras capilés (nome dado a quem nasce/mora em São Leopoldo) nos recepcionaram com uma linda mesa, e rosas brancas.  



A sobremesa foi uma maravilhosa torta de chocolate com nozes. Na minha gula, esqueci de fotografar.