Escolhi uma planta, que semanalmente vou fotografar e postar, para que possamos acompanhar o crescimento e o desenvolvimento de acordo com a tabela Eichorn-Lorenz, que descreve 50 estágios do desenvolvimento da videira. Esse vinhedo foi implantado há um ano, com mudas enxertadas no 1103 Paulsen. A poda seca foi realizada no dia 13/09/2011 e utilizei amarrilhos plásticos para amarrar os braços. Foto do dia 22/09/2011.
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
A vista da casa da bisavó...
A avó do meu marido mora em frente à Vinícola Luiz Argenta, em Flores da Cunha. Aproveitei para fazer umas fotinhas...
Esse é o parreiral da 'nonna', de uva Isabel, usadas como uva de mesa e para fazer uvada.
No canteiro central da avenida, uma espaldeira de uva Niágara, com fins de paisagismo.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Luiz Argenta - parte 1
(foto do acervo pessoal de Francesca C. Maggioni Pastori, gentilmente cedida)
(foto do acervo pessoal de Francesca C. Maggioni Pastori, gentilmente cedida)
A vinícola possui equipamentos de alta tecnologia para a condução da vinificação, e foi projetada para trabalhar por gravidade. Isso significa mínima manipulação dos mostos e vinhos por bombas, preservando a integridade dos produtos.
(foto do acervo pessoal de Caline L. Rasador, gentilmente cedida)
A uva recém desengaçada cai nesse carrinho, que é conduzido para o tanque desejado, onde o mosto é colocado. Os tanques tem formato cônico, para otimizar o processo de remontagem. Para esse procedimento também é usado o carrinho, que recebe o mosto na abertura embaixo do tanque, é içado até a boca superior e escoa o líquido sobre a massa sólida de bagaço (cascas da uva). Assim as matérias corantes da casca são extraídas, fornecendo cor, taninos e polifenóis.
(foto Caren Muraro)
Na foto abaixo, a prensa pneumática está posicionada para a descuba (retirar o líquido das cascas). Em outras vinícolas essa operação requer o uso de bombas para a transferência, mas na Luiz Argenta a gravidade faz todo o trabalho.
(foto do acervo pessoal de Caline L. Rasador , gentilmente cedida)
(foto do acervo pessoal de Caline L. Rasador , gentilmente cedida)
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Tempus Alba
A Bodega Tempus Alba é uma empresa familiar que tem uma filosofia interessante: todo o visitante é recebido por um membro da família. Fomos recebidas pelo Cristiano para uma conversa gostosa, que começou com vinho, passou pelas praias brasileiras, por Buenos Aires, pela política do Brasil e da Argentina e terminou com vinho, felizmente...
Degustamos um rosado de Malbec delicioso, com uma coloração e transparência de pedra preciosa e uma densidade de aroma e volume de boca tão intensos que, se fosse colocado em uma taça preta, eu juraria ser tratar de um vinho tinto. A Tempus Alba também conta com redes de proteção nos vinhedos, para proteção contra granizo e geada. Cultiva suas uvas em espaldeira. Oliveiras fazem companhia às uvas, proporcionando uma visão privilegiada no entorno da vinícola.
A sala das barricas é pequena e charmosa, proporcional ao tamanho da produção, cerca de 300 mil garrafas por ano.
De acordo com Cristiano, em cinco anos a Tempus Alba terá o melhor Malbec do mundo. Para concretizar esse objetivo, a empresa trabalha com melhoramento genético da videira, selecionando as características desejadas e propagando as plantas que se enquadram nesse esquema, para que em 2015 possamos degustar o resultado.
O vinho "Vero" reflete a expectativa de futuro da bodega. No rótulo estão as digitais das três sobrinhas de Cristiano (ele não tem filhos), ainda crianças, herdeiras da filosofia da empresa. Talvez em uma sonhada próxima viagem a Mendoza eu tenha o prazer de ser recepcionada por uma delas.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Bodega Norton
A Bodega Norton foi fundada em 1895, por um engenheiro inglês chamado Edmund James Palmer Norton, que veio a Mendoza para construir linhas férreas. Acabou por adquirir terras (finca, que significa área de terra produtiva) e, ao se casar com uma mendocina, duplica essa área, totalizando 80 hectares. Após mudar de mãos algumas vezes, em 2006 foi considerada uma das 20 melhores vinícolas do mundo, de acordo com a revista Wine Spectator.
Fomos recepcionadas com espumante rosé e nosso giro começou pelo vinhedo.
Nesta área, as plantas novas são protegidas por plásticos, para que os brotos possam se desenvolver bem. A amarração é feita com palha de milho, para não agredir a natureza. Repare, na segunda foto, como o solo é seco. Neste vinhedo, a irrigação é feita por gotejamento.
Já dentro da Bodega (muito gelada, um contraste de temperatura imenso, uma vez que lá fora o sol brilhava intensamente) pudemos degustar três fases de um Malbec. Muito interessante, pois nos foi oferecido em primeiro lugar o vinho retirado do tanque em que é mantido a baixíssimas temperaturas.
Depois degustamos o mesmo vinho com diferentes tempos de passagem por barricas francesas. A diferença de maciez e docilidade dos taninos é notória e impressionante.
Esta é a Cava Historica, onde se guardam vinhos de colheitas antigas, que datam desde 1935.
Estes vinhedos da cultivar Malbec estão implantados na entrada da vinícola. As redes servem de proteção contra geadas e granizo, muito comuns na região. A maioria dos vinhedos de Mendoza conta com essas redes, que são caras, mas o investimento se justifica pela alta incidência desses fatores climáticos. Muito interessante também a difusão da condução em latada, na maioria das vezes com poda em cordão de Royat (esporões). Com o clima extremamente seco, o sistema de condução pode aproveitar as vantagens de maior ou menor produtividade, de acordo com o objetivo do viticultor. Não ficando preso à umidade para decidir o sistema de condução, o produtor pode manejar o vinhedo como melhor julgar. No primeiro vinhedo citado, a condução em espaldeira baixa foi aplicada.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Poda das videiras
O período de dormência das vinhas está perto do fim. Hora de fazer os trabalhos de poda seca. Remover ramos mais antigos, dar forma às plantas jovens, preparar a planta para o novo ciclo. Para mim, quando penso na poda mais filosófica do que fisiologicamente, tenho a sensação da renovação, do deixar o antigo ir, para que entrem as coisas novas. E aí vem o que foi vivido em outras estações.
Como a estação quente anterior foi chuvosa, houve menor insolação dos sarmentos, o que pode significar menos fertilidade na próxima safra. Vamos aguardar ansiosamente a brotação e o aparecimento das flores para saber disso...
Neste vinhedo de Merlot faço poda em cordão de Royat, que deixa esporões para ter uma brotação mais uniforme.
Complementando o post anterior, adquiri uma nova tesoura de poda. Não foi uma Felco, mas uma Tramontina, com excelente custo-benefício, que está funcionando muito bem.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Bodega Juanico
Diferente da Bodega Bouza, uma vinícola-boutique, que trabalha com pequenos volumes, a Bodega Juanico, também situada nos arredores de Montevidéo, é uma grande empresa.
Uma grande extensão de vinhedos de Tannat, conduzidos em espaldeira, com o primeiro fio mais baixo, pois o terreno tem pouca umidade. Com frequência é necessário irrigar o vinhedo no verão. A foto abaixo foi tirada de um mirante, onde está a caixa d'água.
Alguns produtos da Juanico. Degustamos espumante brut e um Chardonnay.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Vinícola Almaúnica - Vinhedos
É assim mesmo: Almaúnica. O vinho feito com alma, onde cada garrafa é única, de acordo com o enólogo e proprietário Márcio Brandelli. Por um acesso cercado de 2 hectares de vinhedos de Cabernet Sauvignon e Merlot chega-se à vinícola, que fica no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves/RS. Visitamos primeiro os vinhedos, que estão em fase de implantação. As mudas, importadas da França, foram plantadas em outubro de 2009.
À direita, Merlot e à esquerda Cabernet Sauvignon. O espaçamento entre plantas é de 0,85m e entre filas de 1,80m, com aproximadamente 6.500 plantas/ha. Uma densidade alta de plantio, para compensar a baixa produtividade por planta. Um exemplo de como aliar qualidade e produtividade. O porta-enxerto 101-14, pouco vigoroso, permite que haja um desenvolvimento vegetativo moderado, com melhor controle do dossel. O primeiro fio está a cerca de 0,70m do solo e o último arame, a 2,00m. São 4 conjuntos de fios e postes de eucalipto. Os tratamentos fitossanitários são dados com um trator Yanmar de 1,05m de largura.
Na época de poda, as plantas serão cortadas na altura da segunda gema, independente de seu tamanho. Assim haverá uma uniformidade de estágios de desenvolvimento das plantas. É estimada uma produtividade de 14.000Kg por hectare, média de 2,15Kg/planta. O custo de implantação deste vinhedo foi em torno de R$ 60.000,00/ha, ou seja, R$ 4,28 por quilo de uva.
Acima, Cabernet Sauvignon e abaixo, Merlot. O solo foi preparado com sistemas de drenagem e cobertura verde inicial com feijão-de-porco. Atualmente mantem-se cobertura verde de trevo e aveia. Fotos do dia 07/06/2010.
domingo, 9 de maio de 2010
Influência da época de poda sobre a época de brotação na cv. Chardonnay
Estamos realizando um experimento na granja da escola, da disciplina de Manejo da Videira com o professor Anderson De Césaro. Uma parte do vinhedo de Chardonnay, conduzido em sistema espaldeira, será tratada com diferentes épocas e sistemas de poda, para avaliarmos se a época de brotação é influenciada. Aqui mostro algumas fotos do 'antes e depois' da primeira fase do trabalho, realizada no dia 03/05. A granja do IF-RS está situada em Tuiuty, município de Bento Gonçalves.
Uma planta antes da poda.
Poda seca em sistema cordão de Royat (cordão esporonado).
Poda seca no sistema Guyot (vara e esporão).
A tesoura poderosa da minha colega Fernanda, que conseguiu cortar a madeira velha.
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