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segunda-feira, 28 de março de 2011

Alphonse Lavallée


          Aproveitei uma aula prática (dia 09/03/11) no Vale dos Vinhedos para fotografar a uva de mesa  tinta Alphonse Lavallée em cultivo protegido. É tardia, amadurecendo na segunda quinzena de março. Sensível à antracnose a ao míldio e resistente às podridões e ao oídio (adequada, portanto, ao cultivo protegido). Produtividade de 15 a 20 T/ha. É resistente ao transporte, com cachos médios a grandes, pesando entre 400 e 600g. Polpa firme, sabor neutro, levemente adstringente.
(fonte: Produção de Uvas para Vinho, Suco e Mesa. Eduardo Giovannini, 2008)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

BRS Clara


          BRS Clara é uma cultivar de uva sem sementes desenvolvida pela Embrapa Uva e Vinho. Tem cacho de tamanho médio a grande, cônico, às vezes alado, cheio, longo. As bagas tem forma elíptica, verde-amarelada, película de espessura média, resistente, polpa incolor, firme, crocante; sabor moscatel leve e agradável; traço de semente grande e de cor marrom, porém imperceptível ao mastigar.
          Compramos essas uvas em São Martinho, Loreto, interior de Caxias do Sul, direto da produtora, filiada a Associação dos Produtores de Uva Protegida. Percebi nos cachos a 'bagoinha' que é um acidente fisiológico no qual aparecem, no mesmo cacho, bagas normais e bagas diminutas que podem não atingir a plena maturação. Pode ter causas variadas, como deficiência de boro, precipitação excessiva e/ou aplicação de fungicidas cúpricos durante a floração, entre outros.
           Muito agradável como sobremesa. Eu considero o fato de serem uvas apirenas (sem sementes) o grande diferencial no prazer de degustar essa fruta.
          Um pouco de dados técnicos: a uva destaca-se pelo suave e agradável sabor moscatel, pela coloração verde-amarelada das bagas e textura crocante da polpa. Apresenta um elevado potencial glucométrico, chegando a mais de 20°Brix, sendo o ponto de colheita recomendável, porém, de 18°Brix a 19°Brix, quando a relação açúcar/acidez (SST/ATT) situa-se em torno de 24. Apresenta boa conservação na planta, o que favorece o retardamento da colheita, se houver interesse. Também comporta-se bem em relação ao rachamento de bagas causado pela ocorrência de chuvas durante o período de maturação da uva. O cacho apresenta boa conformação, sendo naturalmente cheio, sem necessidade de raleio de bagas. As bagas têm boa aderência ao pedicelo, sendo bastante resistentes à degrana, mesmo após a seca do engaço. O engaço desidrata relativamente rápido após a colheita, sob condições de ambiente natural.

(fonte e imagem: CNPUV - Embrapa)

domingo, 21 de novembro de 2010

Uva de Mesa - Filagem


Uma tarde de aula prática muito agradável nessa propriedade, em São Valentin, interior de Bento Gonçalves. Foi referente à disciplina de Produção de Uva de Mesa e Uva Passa, com o professor Gilberto Dall'Onder, na foto com as alunas mais aplicadas (rsrsrs).


Pudemos observar com detalhes o sistema de condução, em latada, que é mais adequado para a uva de mesa. Assim os cachos ficam em uma posição melhor para o desenvolvimento e a colheita. O cultivo protegido é praticamente obrigatório em uva de mesa, pois o aspecto visual influencia muito no impulso de compra do consumidor. Essas fotos são do dia 25 de outubro, e já havia sido feita poda verde duas vezes, tamanho o vigor do vinhedo. Não é de se esperar menos, porta-enxerto 1103Paulsen, adubação de produção, sol e calor. Com todos esses fatores combinados, pudemos observar com frequência a filagem, que significa uma 'desdiferenciação do cacho', isto é, a planta tem tanto vigor que acha desnecessário produzir cachos. Então, eles param o desenvolvimento e transformam-se em gavinhas, que são elementos de sustentação da planta, que pertence à família das trepadeiras.





Nesta última foto, minha colega Fran segura perfeitos exemplos de filagem.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tempus Alba


                               A Bodega Tempus Alba é uma empresa familiar que tem uma filosofia interessante: todo o visitante é recebido por um membro da família. Fomos recebidas pelo Cristiano para uma conversa gostosa, que começou com vinho, passou pelas praias brasileiras, por Buenos Aires, pela política do Brasil e da Argentina e terminou com vinho, felizmente...


                               Degustamos um rosado de Malbec delicioso, com uma coloração e transparência de pedra preciosa e uma densidade de aroma e volume de boca tão intensos que, se fosse colocado em uma taça preta, eu juraria ser tratar de um vinho tinto. A Tempus Alba também conta com redes de proteção nos vinhedos, para proteção contra granizo e geada. Cultiva suas uvas em espaldeira. Oliveiras fazem companhia às uvas, proporcionando uma visão privilegiada no entorno da vinícola.


                              A sala das barricas é pequena e charmosa, proporcional ao tamanho da produção, cerca de 300 mil garrafas por ano. 


                              De acordo com Cristiano, em cinco anos a Tempus Alba terá o melhor Malbec do mundo. Para concretizar esse objetivo, a empresa trabalha com melhoramento genético da videira, selecionando as características desejadas e propagando as plantas que se enquadram nesse esquema, para que em 2015 possamos degustar o resultado.



                              O vinho "Vero" reflete a expectativa de futuro da bodega. No rótulo estão as digitais das três sobrinhas de Cristiano (ele não tem filhos), ainda crianças, herdeiras da filosofia da empresa. Talvez em uma sonhada próxima viagem a Mendoza eu tenha o prazer de ser recepcionada por uma delas. 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Bodega Norton


                               A Bodega Norton foi fundada em 1895, por um engenheiro inglês chamado Edmund James Palmer Norton, que veio a Mendoza para construir linhas férreas. Acabou por adquirir terras (finca, que significa área de terra produtiva) e, ao se casar com uma mendocina, duplica essa área, totalizando 80 hectares. Após mudar de mãos algumas vezes, em 2006 foi considerada uma das 20 melhores vinícolas do mundo, de acordo com a revista Wine Spectator. 
                               Fomos recepcionadas com espumante rosé e nosso giro começou pelo vinhedo.


                               Nesta área, as plantas novas são protegidas por plásticos, para que os brotos possam se desenvolver bem. A amarração é feita com palha de milho, para não agredir a natureza. Repare, na segunda foto, como o solo é seco. Neste vinhedo, a irrigação é feita por gotejamento.

 


                            Já dentro da Bodega (muito gelada, um contraste de temperatura imenso, uma vez que lá fora o sol brilhava intensamente) pudemos degustar três fases de um Malbec. Muito interessante, pois nos foi oferecido em primeiro lugar o vinho retirado do tanque em que é mantido a baixíssimas temperaturas.


                              Depois degustamos o mesmo vinho com diferentes tempos de passagem por barricas francesas. A diferença de maciez e docilidade dos taninos é notória e impressionante.



                               Esta é a Cava Historica, onde se guardam vinhos de colheitas antigas, que datam desde 1935.




                               Estes vinhedos da cultivar Malbec estão implantados na entrada da vinícola. As redes servem de proteção contra geadas e granizo, muito comuns na região. A maioria dos vinhedos de Mendoza conta com essas redes, que são caras, mas o investimento se justifica pela alta incidência desses fatores climáticos. Muito interessante também a difusão da condução em latada, na maioria das vezes com poda em cordão de Royat (esporões). Com o clima extremamente seco, o sistema de condução pode aproveitar as vantagens de maior ou menor produtividade, de acordo com o objetivo do viticultor. Não ficando preso à umidade para decidir o sistema de condução, o produtor pode manejar o vinhedo como melhor julgar. No primeiro vinhedo citado, a condução em espaldeira baixa foi aplicada.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Villa Francioni



                               Achei essas fotos de 2008, de uma visita técnica à Villa Francioni, em São Joaquim/SC. Minha câmera era muito ruim... Mas os cenários são ótimos, então vamos lá!
                               A cidade de São Joaquim está localizada na Serra Catarinense, com um inverno de bater o queixo. As geadas, neve e chuvas de granizo são constantes. Granizo e geada inclusive na primavera. A geada queima os brotos novos e o granizo os quebra, facilitando o surgimento de moléstias fúngicas. Ambos retardam e prejudicam o desenvolvimento vegetativo da videira. Por isso, é quase obrigatório nessa região o cultivo protegido. Como atenuante da geada, é usado solo nu, sem cobertura, que perde e ganha calor mais rápido do que o solo com cobertura verde.  


                              
                              

                                 Essa visita foi em final de abril e a uva ainda estava no pé, fruto do manejo que atrasou a brotação e o ciclo da uva. Naturalmente, há um atraso devido ao frio da região.

 

Acima, detalhe da tela anti-granizo.


Tanques de carvalho, onde o Chardonnay é fermentado pelo método de 'batonage'.


Barricas chegando, para o envelhecimento dos tintos.


E, é claro, uma degustação. Não lembro qual foi o vinho servido...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Moscato de Alexandria

Cultivar Moscato de Alexandria conduzida em 'Y', unilateral, cultivo protegido.

Repare aqui abaixo a emissão de raízes, devido à excessiva umidade da safra 2010.


Ótima sanidade das plantas em cultivo protegido. Vale o investimento!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Cultivo Protegido


Fotos de parreiral da cv. Moscato Giallo conduzido em sistema 'Y', no travessão Felisberto da Silva, em Flores da Cunha/RS


Aqui a cordoalha de 3 fios, que é instalada a cada 3 metros.


Vista lateral da cobertura, com o fio especial trançado, para dar mais segurança contra ventos.


Cordoalha de 7 fios, que 'amarra' as extremidades.


Detalhe da amarração.