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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pássaro Negro (parte V)

         
                     Finalizando, com relação ao Merlot no mundo, o filme Sideways, de 2004, mostra dois amigos em uma jornada por vinícolas da Califórnia. Por algum motivo, não expresso no filme, o personagem Miles (Paul Giamatti) não gosta de vinho Merlot, preferindo Pinot Noir. No final do filme, depois de muitas decepções, ele resolve beber uma garrafa de um Chateau Cheval Blanc St. Emilion 1961 que guardava havia muito tempo, acompanhado de hambúrguer. Após o lançamento do filme, que ganhou o Oscar de melhor roteiro adaptado em 2005, as vendas de Merlot caíram bastante, enquanto as de Pinot Noir cresceram exponencialmente. Ainda percebe-se o ‘efeito Sideways’, mas o impacto negativo sobre os vinhos com a uva Merlot já foi quase esquecido.

(parte de trabalho apresentado na disciplina de Análise Sensorial III, para obter a bibliografia, deixe um comentário com e-mail)

domingo, 3 de abril de 2011

Pássaro Negro (parte I)


          A cultivar Vitis vinifera Merlot possui película tinta e sabor herbáceo. Nas condições da Serra Gaúcha brota entre 03 e 13 de agosto e amadurece entre 10 e 20 de fevereiro. Tem produtividade de cerca de 20 toneladas por hectare e teores de açúcar entre 17 e 19º Brix, e acidez total entre 90 e 110 meq/L. O cacho geralmente é alado, de tamanho médio, com bagas pequenas. É sensível à antracnose, altamente sensível ao oídio, moderadamente sensível ao míldio (mas muito sensível ao míldio no cacho) e resistente às podridões.
          O vinho Merlot, quando elaborado com uvas maduras, é redondo, aveludado, potente, rico em álcool e de coloração rubi-violácea intensa. Devido a sua constituição fenólica, pode ser fermentado e amadurecido em barricas de carvalho. É um vinho que pode ser consumido como varietal, puro, ou em cortes, principalmente com a Cabernet Sauvignon. Os principais descritores aromáticos são os frutais, como ameixa, cereja preta, framboesa, amora preta, cassis, cereja cozida e groselha. Nos vinhos mais complexos sentem-se aromas que lembram trufas, chocolate, café e couro. O fim de boca é longo e persistente.
           Como harmonização sugere-se, devido aos seus taninos robustos e equilibrados, a companhia de carnes, caças e aves mais consistentes. Harmonização com frango não é recomendada. Devido ao seu toque macio de açúcares remanescentes, e bom equilíbrio entre álcool e acidez, e taninos e antocianos presentes, acompanha bem carnes de porco, como lombinho e pernil, acompanhados por batatas cozidas ou aipim frito. Também combina com queijos amarelos.
          Com nome que significa ‘pássaro negro’, e considerada uma uva clássica e internacional, essa cultivar teve origem na França, na região de Bordeaux, onde é a principal em termos de valor histórico e em produção total. Sua capacidade de amadurecer bem mais precocemente que as demais a torna a uva mais cultivada nessa fria região. Tem capacidade de amadurecer bem nas safras frias e possui bom teor alcoólico nas safras quentes. A Merlot é a principal uva dos vinhos de Pomerol e St Émilion. Entretanto, são quase sempre feitos cortes com Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, entre outras. Uma famosa exceção extrema é o vinho de Pomerol Château Petrus, um dos mais caros vinhos do mundo, voluptoso e aveludado, que é 99% Merlot.

         
          Comparada com a Cabernet Sauvignon em Bordeaux e na Califórnia, costuma-se dizer que a Merlot é mais macia, mais carnuda e mais gorda. A maciez de um vinho é um fenômeno complexo, que depende de muitos fatores, entre eles o grau de amadurecimento da uva. Em vinhedos bem conduzidos, quando a uva Merlot amadurece plenamente, o tanino aparece como macio e redondo ao paladar. Há, sem dúvida, exemplos que não se encaixam neste caso, como os de regiões ao norte da Itália e do estado de Nova York (EUA), que tem um estilo de Merlot magro e liso. Em termos de Merlot nos Estados Unidos, destacam-se a Califórnia e o estado de Washington. Desta última região provem a cada ano mais vinhos excelentes e concentrados. 

(trabalho apresentado na disciplina de Análise Sensorial III, para obter as bibliografias, deixe um comentário com e-mail que envio)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Champagne, personalizado.


                               Uma proposta tentadora: viajar até Epernay, cidade da região de Champagne, na França, ficar hospedado na Maison Perrier-Jouët, participar de degustações privadas dos principais rótulos e blends da marca e criar, ao lado de Hervé Deschamps, o sétimo chef da cave, um champagne exclusivo, de acordo com seu próprio paladar.


                               Muito fácil: basta desembolsar R$ 300 mil e você tem tudo isso e ainda leva uma caixa personalizada com 12 garrafas de seu próprio champagne. Os pacotes já estão sendo comercializados aqui.


Fonte: RGVogue