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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Confraria com Pulenta

              Há quanto tempo eu não posto aqui! Falta absoluta de tempo, devido ao TCC, que deve ser entregue até o final de junho. Mas eu não poderia deixar passar mais uma das reuniões da COFEV. 
              Desta vez na casa da Confreira Marcia P. Começando com bruschetas de tomate regadas aos espumantes da Peruzzo, de Bagé. Demi-sec, delicado, macio, aromático e extra-brut, potente, tostado, seco sem ser duro, me agradou muito. 
             Depois uma salada maravilhosa, de tudo: alface americana crocante, radicchio vermelhinho, alface mimosa roxa e delicada, pimentão amarelo bem fininho, tomatinhos cereja maduros e figos doces e deliciosos. Daí veio a massa: penne com um super molho de funghi, encorpado e potente, para harmonizar com o vinho La Flor de Pulenta, da região de Mendoza, Argentina. É um blend de Malbec, Cabernet Sauvignon e Merlot, com 14,5% de álcool. 
             Para finalizar, sobremesa de petit gatêau com sorvete. Muita conversa boa e risadas fecharam a noite. (minha câmera ficou em casa, então estou sem fotos)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

La Vie en Rose...

                     Reunião da Confraria Feminina do Espumante e do Vinho do Vale do Sinos (COFEV) é garantia de sucesso pelo simples fato de estarmos reunidas. A confreira Marcia Praxedes abriu sua linda casa, decorada com muitas orquídeas em flor, para esse encontro. Marcia teve o auxílio da ex-confreira Maria de Lourdes Milan, nutricionista, e do marido para nos surpreender com um delicioso salmão com alcaparras e batatas noisette, mais salada de folhas coloridas. Na recepção, torradinhas com patê de queijos, grissinis bem fininhos e biscoito de fibras, saudável e delicioso!


                    Para a degustação, nesse mês cor de rosa, escolhemos como tema espumantes rosés. Começamos com o Dall Pizzol Brut Rosé, elaborado pelo método Charmat Longo, a partir de vinho base de Pinot Noir e Chardonnay. O corte é realizado antes da fermentação alcoólica, para gerar uma coloração mais estável e para que os aromas sejam ressaltados. Possui linda cor rosado cereja, perlage intensa e duradoura.
                    O próximo espumante foi o Conde de Foulcaud Rosé Brut, com excelente relação custo/benefício. Elaborado pelo método Charmat, a partir das uvas Merlot, Pinotage e Cabernet Franc vinificadas em rosado, com rápido contato do mosto com as cascas, tem uma tonalidade rosa claro nítida e perlage abundante e persistente. Aroma frutado, acidez equilibrada e frescor dão vida a esse espumante. (Eu já havia degustado e postado sobre esse espumante aqui)
                    Na sequência, foi a vez do Vallontano Rosé. Com um corte tradicional de Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico, é delicado, com coloração rosa com reflexos amarelados, perlage intensa e persistente, frutado e elegante.


                    Produzido pelo método tradicional de segunda fermentação em garrafa, o espumante Pizzato deu sequência à degustação. Um interessante corte das uvas Merlot e Pinot Noir, com cor salmão, perlage perfeita, abundante e persistente. Aromas muito interessantes de especiarias, nozes e passas. Os aromas da Merlot se fazem muito presentes. Sem dúvida o melhor da noite.
                    Para finalizar a degustação de vinhos e poder partir para a degustação de salmão (!) servimos o espumante Miolo Cuvée Tradition Brut Rosé, também elaborado pelo método tradicional (champenoise). A rainha das uvas brancas, Chardonnay, acompanhada de Pinot Noir e de Merlot, deixa as súditas a seus pés. Linda cor rosada, com reflexos de amarelo, perlage fininho e persistente. Passa cerca de seis meses sobre as leveduras após a segunda fermentação, adquirindo grande complexidade e fineza aromática. (Eu já havia degustado e postado sobre esse espumante aqui)


                    Jantamos, cada uma saboreando seu espumante favorito. Para coroar a noite, sobremesa de Morangos com Ganache, delicados, femininos e deliciosos como nossa noite!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mais aníver, mais vinho!

               Desta vez o aníver foi da nossa afilhada Sofia. Uma linda estudante de Medicina, completando 20 anos. Aqueles almoços típicos de família italiana: quase 40 pessoas, todas falando ao mesmo tempo, mais tortéi, galeto, maionese, saladas... e vinho, claro. Mais uma vez a série Estilo da Santa Colina se fez presente, com o Tannat 2009 e o Chardonnay 2010.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Degustação às Cegas na Confraria

                Com degustação conduzida por mim, apoio da nossa presidente Rosely, antepasto preparado pela Márcia e cozinha a cargo da Nica, mais uma deliciosa reunião da COFEV aconteceu na última quarta na Perbacco, em Novo Hamburgo. A ideia era fazer uma degustação horizontal às cegas de Merlot, safra 2008. 

                      

                Para as boas vindas servimos o espumante Muraro Brut, elaborado na Serra Gaúcha, com uvas Chardonnay e Riesling Itálico, fresco e vivo, ideal para aquecer a conversa e acompanhar as pastas de Tomate Seco e de Queijo servidas com torradas, feitas pela confreira Márcia.  
                Com o apoio de uma ficha elaborada por mim especialmente para a confraria, degustamos três vinhos, com diferentes procedências e preços. Somente após o término da degustação é que os nomes dos vinhos foram revelados. 
               O primeiro foi o vinho Muraro Merlot, produzido e engarrafado em Flores da Cunha, com uvas da Serra Gaúcha. Um vinho mais leve, que torna-se apropriado para o consumo no dia a dia, pois tem um excelente custo benefício. O segundo foi o Dal Pizzol Merlot, produzido em Bento Gonçalves, com uvas de Bagé; de aroma mais nítido, de café, pão torrado. O terceiro foi o chileno Laura Hartwig, produzido no Vale de Colchagua. De aroma muito fino, caramelado, muita maciez em boca. Um vinho de preço mais elevado, para uma experiência sensorial mais intensa. 


                   Os três vinhos harmonizaram muito bem com o Arroz Primavera da Nica, que tem como ingredientes legumes multicoloridos e frango. A sobremesa também foi muito primaveril, morangos com nata batida. Tudo para harmonizar com a nova estação florida e cheirosa (cheia de alegrias e alergias).


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Aníver da Fran com Vinhos Perini

Aniversário de enológa é certeza de muito vinho. Nos reunimos na casa da Fran, em Nova Milano, para comemorar. Como ela está estagiando na Vinícola Perini, os vinhos tinham que ser de lá. Começamos com Bruschettas de Tomate e Berinjela acompanhadas do Osaka 'Sushi Wine', vinho para culinária japonesa, das cultivares Merlot e Cabernet Franc, vinificadas em rosado. Um vinho com uma acidez mais pronunciada e um toque de gás carbônico, delicado e agradável, com uma linda cor.


Depois, Massa Carbonara (uma das minhas preferidas...), Risoto de Frango com Gorgonzola e Frango na Panela, em fogão a lenha, acompanhados pelo vinho Perini Marselan safra 2008.


A sobremesa foi um espetáculo à parte, não sei como se chama, mas era maravilhosa! Bananas, mumu, chantilly, biscoitos moídos... e espumante brut Casa Perini (de Chardonnay e Riesling Itálico), que de doce bastou nossa tarde.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Vinhos Salton e Chef Rafael na Confraria

A cozinha sofisticada do chef Rafael Zechin mais o conhecimento e o humor refinado do sommelier Vinícius Santigo mais amigas queridas só pode ser igual a uma noite maravilhosa! Eu sentia muita saudade da confraria, muitos compromissos com o final do curso de enologia me afastaram das reuniões, mas meu coração estava sempre por lá. Foi uma alegria poder voltar!
Começamos a noite com espumante de boas vindas Prosecco Salton safra 2011, delicado e agradável. Para harmonizar com a entrada 'Tomate com Crosta Crocante, Crisp de Presunto de Parma, Molho de Iogurte e Mostarda Dijon', degustamos o espumante Salton 100 anos Nature (70% Pinot Noir e 30% Chardonnay) elaborado pelo método tradicional de segunda fermentação em garrafa.



O primeiro prato foi 'Risotto de Aspargos Frescos, Queijo Gorgonzola e Manteiga Trufada', harmonizado com o vinho Salton Volpi Sauvignon Blanc, com acidez na medida para equilibrar o prato. Um dos descritores aromáticos do Sauvignon Blanc é aspargo, fazendo a escolha muito adequada.



O segundo prato foi 'Carré de Cordeiro com Purê de Batata Baroa, Farofa e Geléia de Pimenta', perfeito para o vinho Salton Desejo Merlot, que passa por barricas de carvalho francês e americano.


 A sobremesa 'Flognarde de Frutas Vermelhas' foi uma surpresa deliciosa! As frutas pedaçudas com uma crosta dourada... servida quente, recém saída do forno e caramelizada com maçarico. Companhia ideal para o vinho Salton Intenso, licoroso e dourado elaborado com uvas Chardonnay.



Uma das receitas da felicidade: amigas, vinho e boa mesa!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sapato de noiva no vinhedo e uma longa ausência...


Essa foto me inspirou a voltar a escrever, depois de muito tempo. Tenho muito assunto e lindas fotos, mas problemas com conexão, viagem e férias dos filhotes adiaram meus planos de postar. Para ver a postagem completa desse lindo casamento na Vinícola Laurentia, clique aqui e visite o Portal Casamenteiras.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Vinho de Domingo

              Interessante o vinho Villa de Vinhas, um rosé de Cabernet Sauvignon produzido em Antônio Prado pela Vinícola Zanella. Com 13% de álcool, tem uma maciez em boca e é persistente. Bom corpo para um rosado, com bela cor. Lindo rótulo, moderno e diferente, com cachos estilizados.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Análise Sensorial IV - Chardonnay

 Mais uma degustação, desta vez de vinhos 100% Chardonnay.

1) Almadén, safra 2010, tampa screw cap, produzido e engarrafado em Santana do Livramento. A Almadén teve origem na Califórnia, em 1852  e desde 1973 tem sede no Brasil, na Campanha Gaúcha.


2) Los Nevados, safra 2008, rolha sintética, produzido em Mendoza, Argentina.


3) Miolo Reserva, safra 2009, rolha de cortiça, produzido com uvas da Campanha, uma parcela do vinho é fermentada em barricas de carvalho.


4) Lovara, safra 2010, rolha sintética. Produzido e engarrafado na Serra Gaúcha, rótulo muito expressivo, em aquarela.


5) Dádivas, safra 2010, rolha de cortiça, Lidio Carraro. Vinificado no Vale dos Vinhedos, com uvas de Encruzilhada do Sul.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Noite de Queijos e Vinhos


               Uma noite muito fria... ótima para beber bons vinhos e curtir um clima romântico. A II Noite de Queijos e Vinhos da Sociedade de Canto União em Estância Velha, em comemoração ao Dia dos Namorados, foi um sucesso absoluto. Servimos vinhos Cabernet Sauvignon e Merlot, diretamente das barricas, além de suco de uva. A média de consumo foi de 500 mL de vinho por pessoa! Perfeito para subir a média de consumo per capita no Brasil.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Visita Técnica - Piagentini

              Em visita técnica da disciplina de Derivados da Uva e do Vinho, estivemos na Companhia Piagentini de Bebidas e Alimentos, em Caxias do Sul, tradicional na fabricação de sidra. Há cerca de dez anos, com a chegada do enólogo uruguaio Alejandro Cardoso, a vinificação de vinhos e espumantes finos foi ganhando força. Alejandro usa tecnologias inovadoras para obter vinho de qualidade superior.
Uma das grandes novidades são os testes com leveduras encapsuladas para espumante método tradicional, que facilitam muito a sedimentação das borras, eliminando o remuage. A foto abaixo mostra as cápsulas que contem as leveduras.


Degustamos alguns espumantes:
1) Prosecco Brut 2011
2) Boutiq Brut Branco, não safrado, Chardonnay, Riesling e Viognier. Vinho base embarricado, tomada de espuma pelo método Charmat
3) Boutiq Brut Rosé, não safrado, Riesling (60%) e Pinot Noir (40%), também pelo método Charmat. Esses espumantes tinham rótulos com a figura do Pão de Açúcar, produtos em série especial para o Rio de Janeiro
4) Espumante Brut com levedura encapsulada, Chardonnay e Viognier, desde dezembro de 2008 sobre as leveduras, ainda não está no mercado.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vinho de Domingo


            Muito bom o vinho Merlot safra 2008, vinificado pelo colega André Larentis, do Villagio Larentis, Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves -RS. Acompanhou um assado de lombo de porco e maionese de batata, harmonizando perfeitamente. Uma visita na vinícola é uma ótima ideia, atendimento familiar e vinhedos com capricho de encher os olhos...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Análise Sensorial IV - Vinho Branco Espumante Natural Nature

           Continuando com as degustações didáticas de espumantes, avaliamos vinhos produzidos experimentalmente pelos colegas Felício, da Vinícola San Marco, de Garibaldi e Iriane, da Vinícola Casa Garcia, de Carlos Barbosa. Foram produzidos pelo método tradicional, com segunda fermentação na garrafa. São experimentos e não serão comercializados, pelo menos por enquanto. O vinho branco espumante natural nature tem, pela legislação brasileira, açúcar residual inferior a 3 g/L, que provem exclusivamente do vinho base. Não é utilizado licor de expedição. As garrafas, após o degorgement, são completadas apenas com vinho espumante de outra garrafa do mesmo lote.


1) vinho base Malvasia de Cândia, colhida com 19ºBabo, vinificado sem chaptalização. Está há três anos sobre borras, o aroma varietal já se perdeu, acidez baixa, agradável, macio em boca. (Felício)

2) vinho base Chardonnay 38%, Chardonnay embarricado 24%, Pinot Noir 38%. A este vinho base foram adicionados dois tipos de licor de tiragem (que é a mistura que provoca a refermentação), cada um com um clone de levedura diferente, mantidos em segredo comercial. Ficaram sobre borras por 3 meses e o degorgement foi realizado em outubro de 2010. (Iriane)

Experiência muito interessante, já provei nature comerciais, são produtos em geral finos, encorpados e macios. Os colegas tem futuro promissor como vinicultores de espumante!

domingo, 22 de maio de 2011

Análise Sensorial IV - espumante rosé

Uma degustação cor de rosa: só podia ser de um grupo de gurias: o meu! Eu, Fran, Caline e Fernanda escolhemos o tema "espumante brut rosé" e selecionamos amostras de método Charmat e método tradicional, todas com origem no Brasil.  


1) Terranova Rosé de Noirs Vinho Espumante Natural Brut Rosado, método Charmat, de uva Grenache. Vinificado na origem, em Casa Nova na Bahia, pela Vinícola Ouro Verde do Miolo Wine Group. A região possui plena insolação, ideal para o cultivo e a plena maturação desta casta. É uma uva tinta vinificada em rosado (Rosé de Noirs). Surpreendeu pela linda cor e aromas florais intensos. Muito delicado.


2) Conde de Foucauld Vinho Rosé Espumante Natural Brut, método Charmat, de uvas Merlot, Pinotage e Cabernet Franc. Bento Gonçalves - RS. Excelente custo-benefício para um espumante delicado e aromático, com linda cor rosa claro.


3) Casa Valduga Premium Blush Vinho Espumante Natural Brut Rosé safra 2006, método tradicional, de uvas Chardonnay (50%) e Pinot Noir (50%), Bento Gonçalves - RS. A cor já tinha perdido seu charme e os aromas estavam em declínio. Uma pena, pois minha expectativa neste vinho era grande. Vou urgente provar uma safra mais nova, para tirar a má impressão, os produtos Casa Valduga em geral são de excelente qualidade.


4) Miolo Cuvée Tradition Vinho Espumante Natural Brut Rosado, método tradicional, de uvas Chardonnay e Pinot Noir, Bento Gonçalves - RS. Envelhece por 12 meses. Muito fino, com a cremosidade das leveduras e a classe dos aromas do método tradicional. Linda cor clarete.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vinho de Domingo

           Eu estava guardando esse vinho para uma boa comida e um almoço tranquilo, uma pausa na correria do último semestre da faculdade de Enologia. Como é a pessoa que faz a ocasião, decidi abrir o vinho num domingo desses... Sinceramente, não lembro da comida, mas o vinho estava maravilhoso! Angheben Touriga Nacional safra 2005. No limite da maturação, com cor ainda brilhante, foi um oásis na turbulência. Uvas de Encruzilhada do Sul, vinificado no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves.



quarta-feira, 18 de maio de 2011

Análise Sensorial IV - espumante método tradicional

           Continuando com a série de degustações de espumante, o tema da aula do dia 13 de abril foi "vinho branco espumante natural brut", com produtos elaborados pelo método tradicional, onde a segunda fermentação, conhecida entre os enólogos como tomada de espuma, é realizada na garrafa.  

1) Millésime safra 2008, Miolo Wine Group, Bento Gonçalves. Uvas Chardonnay e Pinot Noir


2) Cava Cordoníu, não safrada, Barcelona, Espanha. Uvas Macabeo, Xare-lo e Parellada, as tradicionais das cavas.


3) Espumante Quinta do Boição, da uva autóctone Arinto, português, D.O.C Bucelas


4) Espumante 130 Casa Valduga, elaborado a partir de Chardonnay e Pinot Noir, permanecendo sobre borras de leveduras por 48 meses. Bento Gonçalves RS

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Análise Sensorial IV - espumante método Charmat

          Para dar forma didática às degustações, dividimos os espumantes por categoria. Cada aula terá um tema, onde um grupo de alunos é responsável pela escolha e compra dos espumantes e posterior relatório com análise estatística dos dados de todos os colegas. O custo dos vinhos é dividido entre todos. No dia 06 de abril, o tema foi 'vinho branco espumante natural brut', e todos os produtos degustados foram elaborados pelo método charmat, que tem sua tomada de espuma (segunda fermentação) em tanques. Os espumantes degustados foram:
- Primogenita Boutique (Riesling Itálico e Chardonnay), da Piagentini, Caxias do Sul;


- Tributo (Chardonnay e Riesling Itálico), da Vinícola Marco Luigi, Bento Gonçalves;


- Aurora (100% Chardonnay), da Cooperativa Vinícola Aurora, Bento Gonçalves;


- Excellence Cuvée Prestige (Chardonnay e Pinot Noir), da Chandon, Garibaldi (já falei deste espumante, clique aqui para ler)

sábado, 9 de abril de 2011

Domno - Visita Técnica parte II

           A degustação: começamos pelo Prosecco Alto Vale, um espumante (método Charmat, como todos os espumantes da Domno) branco seco, com 10% v/v de álcool. A classificação dos espumantes brasileiros de acordo com o conteúdo em açúcares redutores é a seguinte: nature, até 2g/L; extra-brut, de 2 a 5g/L; brut, de 5 a 15 g/L; seco, de 15 a 20g/L; demi-sec, de 20 a 60 g/L e doce, acima de 60g/L. É diferente do vinho tranquilo, onde secos são os vinhos com até 5g/L de açúcar.
          Este espumante Prosecco tem 17g/L de açúcar, portanto é seco (parece contraditório, e é). O que importa é que se trata de um produto fresco, delicado, agradável, ideal para Happy Hour. A cultivar 'Prosecco' é originária da Itália e na Serra Gaúcha tem uma boa produtividade e graduação de açúcar adequada para espumantes. Para algumas pessoas que estão iniciando no mundo do vinho, 'Prosecco' é sinônimo de espumante.  


          Próximo passo: vinho branco espumante natural extra-brut .Nero (lê-se ponto nero) 70% Chardonnay, 30% Pinot Noir 12,5% v/v de álcool, açúcar residual 5g/L. Após a tomada de espuma, passa 12 meses sobre as leveduras, adquirindo mais corpo, complexidade e fineza. Caso o lote possa ficar mais tempo em garrafa antes do consumo, ficará ainda mais complexo.
          Na sequência o vinho branco espumante natural brut .Nero 60% Chardonnay, 30% Pinot Noir e 10% Riesling Itálico 12% v/v de álcool, açúcar residual 12g/L. Em comparação com o extra-brut, mais frescor, dado pelo Riesling e pela maturação mais curta, de 6 meses.


          O rosé: vinho rosé espumante natural brut 60% Chardonnay, 40% Pinot Noir 12% v/v de álcool, 14g/L de açucar residual, mantido sobre borras por 6 meses. Possui linda cor cereja, perlage intenso e delicado, aroma marcante de frutas tropicais, maçã madura e geleias. Em boca é delicado e o aroma é menos agressivo.


          Para finalizar, um Malbec 2009, da linha Tomero da Bodega Vistalba, de Mendoza, Argentina. Tomero significa o trabalhador que faz a irrigação das vinhas, uma homenagem poética a um personagem tão importante naquela região árida. Linda cor vermelho rubi, de vinho jovem. Nariz cheio de pudim de caramelo que ficou alguns minutos além da conta no fogão (indica que permaneceu em barricas). Boca sedosa, macia, zero adstringência. R$ 39,00.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Pássaro Negro (parte III)

          “O mundo está de braços abertos para o vinho brasileiro” diz Dirceu Vianna Júnior, único Master of Wine brasileiro, que coordenou uma degustação comparativa com vinhos da variedade Merlot de onze países. O estudo levou cerca de nove meses e foi conduzido em três partes.
          Primeiramente, foi feita uma comparação qualitativa entre vinhos brasileiros e vinhos da mesma variedade de 10 das principais regiões produtoras do mundo. Participaram desse projeto 40 degustadores europeus de alto padrão, incluindo vários jornalistas e 15 Masters of Wine. Paralelamente a esse estudo foi feita uma degustação com um painel de enólogos de várias partes do mundo e Masters of Wine para estabelecer o que deve ser feito tecnicamente para melhorar o nível de qualidade dos vinhos brasileiros. A terceira parte do projeto teve como objetivo principal estabelecer o nível de interesse do mercado internacional para com vinhos brasileiros. (fiz uma postagem na ocasião aqui)
          Por um lado, os resultados foram positivamente surpreendentes para os vinhos brasileiros: dos dez vinhos com melhores pontuações, oito são nacionais. É interessante salientar que entre os bons produtores brasileiros havia vinícolas renomadas, de grande porte, como também pequenos produtores. Isso parece indicar que, para fazer um bom vinho, o importante é a paixão, força de vontade, disciplina e atenção ao detalhes.
          Por outro lado, a maioria dos 10 últimos colocados também era de vinhos brasileiros, demonstrando que ainda existe muito trabalho para ser feito até que a região apresente uma certa consistência. A parte do estudo que tratou do lado técnico desvendou defeitos que devem ser corrigidos. Alguns deles são fáceis de corrigir, basta conhecimento. Outros necessitam de investimento de longo prazo, principalmente para melhorar as condições dos vinhedos.
          Finalmente, o estudo demonstrou que o consumidor internacional está receptivo aos vinhos brasileiros. Mais de 85% dos entrevistados disseram associar o Brasil a uma imagem positiva. Isso será uma grande vantagem na hora de fazer um trabalho de marketing do vinho brasileiro.
          Os dez melhores vinhos Merlot do mundo, de acordo com o resultado do trabalho realizado, são:
1. Miolo Merlot Terroir 2005 - Brasil
2. Thelema Merlot 2005 – África do Sul
3. Pizzato Single Vineyard Merlot 2005- Brasil
4. Vallontano Merlot Reserva 2005 - Brasil
5. Concha Y Toro Casillero del Diablo Merlot 2006 - Chile
6. Larentis Reserva Especial Merlot 2004 - Brasil
7. Don Laurindo Merlot Reserva 2005 - Brasil
8. Cavalleri Pecato Merlot Reserva 2005 - Brasil
9. Michelle Carraro Merlot 2005 - Brasil
10. Milantino Merlot Reserva 2004 – Brasil

(trabalho apresentado na disciplina de Análise Sensorial III, para obter a bibliografia faça um comentário com e-mail que envio)

sábado, 2 de abril de 2011

Domno - Visita Técnica parte I


          Tarde chuvosa e bem fria no fim de março em Garibaldi. Recepção muito calorosa dos enólogos Daniel Dalla Valle e Lucas Sartori Santos e da minha ex-colega do curso de enologia Juliana Burin nas instalações da Domno, em visita técnica que faz parte da disciplina de Derivados da Uva e do Vinho, com a professora Larissa. No pátio da entrada uma peça histórica, uma autoclave redonda. Dentro dos prédios, o estilo anos 70 da antiga Allied Domecq e equipamentos modernos para a tomada de espuma.
          Daniel nos deu uma excelente aula de revisão sobre vinho base para espumante (pretendo fazer em breve uma postagem bem completa, antes da prova!). Lucas nos contou sobre o método de trabalho da empresa que, além de produtora de vinhos e espumantes, é importadora de vinhos de diversas partes do mundo. Destacam-se os vinhos importados da Argentina, do Chile e de Portugal.
          Entre esses rótulos destacam-se os argentinos da Bodega Vistalba, principalmente a linha Tomero, vinhos mais 'básicos', com preço a partir de R$ 39,00. Os jovens possuem tampa screw-cap, como o Sauvignon Blanc.


          Dos produtos chilenos, a Domno traz a linha Yali by Viña Ventisquero, com rótulos belíssimos, representando pássaros. A vinícola está localizada no Vale Yali, onde encontram-se 25% das aves existentes no Chile e possui um projeto para preservação das espécies migratórias que sobrevoam a costa do Pacífico todos os anos.


          De Portugal vem vinhos que representam a diversidade deste país. O vinho verde branco Vinhas Altas, das uvas autóctones Arinto, Loureiro e Trajadura, com design alegre e moderno; o tinto Magna Carta, um corte de Syrah, Aragonês e Alicante Bouschet envelhecido por 9 meses em carvalho francês, com um rótulo muito atrativo em tons azuis; o tinto Almagrande Douro DOC Reserva, de Touriga Nacional envelhecido por 12 meses em barrica francesa e por mais 6 meses em caves, entre outros produtos.