terça-feira, 28 de setembro de 2010

Belasco de Baquedano


                      Esta bodega tem um maravilhoso terraço com uma vista perfeita da Cordilheira dos Andes. Almoçamos com essa bela paisagem ao alcance de nossos olhos...


                               Esta bodega produz apenas Malbec, em várias diferentes versões, do espumante rosé aos tintos encorpados. O almoço harmonizado começou com o vinho rosé Rosa de Argentina, mesmo nome do espumante.




                              Como tapas tivemos bondiola de cerdo (um tipo de copa), manteiga com pimenta preta e maionese com ciboulette, acompanhados de pãezinhos deliciosos. O trigo argentino tem excelente qualidade, então os farináceos são muito bons. Segui-se o vinho tinto Loan, delicado. Acompanhou empanadas e vegetais empanados.
                             De entrada, uma espécie de empanada, com molho de pimentões e salada de folhas. Para acompanhar, o vinho tinto Ar Güentota.
                             O prato principal foi um filé de novilho com batatas assadas e vegetais salteados em molho de Malbec e caramelo, acompanhado do vinho tinto Swinto.
                              E a tão aguardada sobremesa, foi uma granita de frutas vermelhas e Rosa Argentina e maçãs assadas com creme gelado de canela e molho de marmelo. Acompanhada, é claro, pelo rosé Rosa de Argentina.



                              Depois do recorrido para conhecer o interior da vinícola, voltamos ao terraço para brindar (mais uma vez!) com o espumante rosé Rosa de Argentina.


                               Achei interessante que nesta vinícola não há identidade visual entre os rótulos. Cada um tem a sua personalidade, diferentes como os vinhos que os nomeiam. As histórias de cada um são assunto para breve... 



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Bodega Norton


                               A Bodega Norton foi fundada em 1895, por um engenheiro inglês chamado Edmund James Palmer Norton, que veio a Mendoza para construir linhas férreas. Acabou por adquirir terras (finca, que significa área de terra produtiva) e, ao se casar com uma mendocina, duplica essa área, totalizando 80 hectares. Após mudar de mãos algumas vezes, em 2006 foi considerada uma das 20 melhores vinícolas do mundo, de acordo com a revista Wine Spectator. 
                               Fomos recepcionadas com espumante rosé e nosso giro começou pelo vinhedo.


                               Nesta área, as plantas novas são protegidas por plásticos, para que os brotos possam se desenvolver bem. A amarração é feita com palha de milho, para não agredir a natureza. Repare, na segunda foto, como o solo é seco. Neste vinhedo, a irrigação é feita por gotejamento.

 


                            Já dentro da Bodega (muito gelada, um contraste de temperatura imenso, uma vez que lá fora o sol brilhava intensamente) pudemos degustar três fases de um Malbec. Muito interessante, pois nos foi oferecido em primeiro lugar o vinho retirado do tanque em que é mantido a baixíssimas temperaturas.


                              Depois degustamos o mesmo vinho com diferentes tempos de passagem por barricas francesas. A diferença de maciez e docilidade dos taninos é notória e impressionante.



                               Esta é a Cava Historica, onde se guardam vinhos de colheitas antigas, que datam desde 1935.




                               Estes vinhedos da cultivar Malbec estão implantados na entrada da vinícola. As redes servem de proteção contra geadas e granizo, muito comuns na região. A maioria dos vinhedos de Mendoza conta com essas redes, que são caras, mas o investimento se justifica pela alta incidência desses fatores climáticos. Muito interessante também a difusão da condução em latada, na maioria das vezes com poda em cordão de Royat (esporões). Com o clima extremamente seco, o sistema de condução pode aproveitar as vantagens de maior ou menor produtividade, de acordo com o objetivo do viticultor. Não ficando preso à umidade para decidir o sistema de condução, o produtor pode manejar o vinhedo como melhor julgar. No primeiro vinhedo citado, a condução em espaldeira baixa foi aplicada.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Balanço de viagem

A viagem para Mendoza, que fiz recentemente em companhia das confreiras da COFEV (Confraria Feminina do Espumante e do Vinho do Vale do Sinos), foi espetacular! Tenho muito para contar e pouco tempo para escrever, então vamos devagar...
Começo com uma vista aérea de Buenos Aires, iluminada e muito inspiradora.


No dia seguinte voamos para Mendoza. Ao chegar, a primeira coisa que percebi foi que, realmente, a província é um deserto. Essa foto mostra bem isso.


Para abastecer a população, a cidade conta com esses canais, por onde corre água do degelo da Cordilheira dos Andes. A água é muito regulamentada, há várias restrições no seu uso, afinal, é um bem a cada dia mais escasso. Os invernos são menos rigorosos a cada ano e o 'estoque' de neve vai acabar algum dia. 


Aqui estou em um bar no calçadão, esperando para comer um lanchinho (sem vinho, ainda...). Nesse horário (quatro da tarde) o comércio está fechado, pois a sesta é uma tradição da qual os mendocinos não abrem mão. Pouquíssimas coisas funcionam, a maioria fecha às 13 horas e reabre às 17, ficando até às 21 horas.



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Argentina, terra do Malbec

Embarco domingo para Mendoza, na Argentina, para uma semana regada a Malbec, com visitas a várias vinícolas. Depois conto tudo... Por enquanto, umas fotos da paisagem local.