terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Origem da Rolha de Cortiça - Parte II


                     Em cultivos comerciais o sobreiro é plantado em consórcio com o pinheiro. As duas árvores são plantadas a uma distância pequena, favorecendo assim a competição entre ambos pela luz solar, estimulando o sobreiro a crescer de forma mais ereta. Após alguns anos os pinheiros são cortados e os sobreiros podem então crescer em diâmetro.
                    A extração ocorre entre os meses de maio e agosto (verão na Europa), sendo que a temperatura ideal situa-se entre 20 e 25ºC. A umidade ideal da cortiça para rolhas deve ser de 6% (de 4% a 8%). A estocagem das rolhas deve ser em ambiente com temperatura de até 25ºC e umidade de cerca de 60%. O fabricante Amorim recomenda que a compra de rolhas pelas vinícolas seja feita de forma planejada, para que não fiquem excedentes dentro da empresa, pois as condições de estocagem podem não ser ideais, prejudicando o vinho engarrafado com contaminações que podem ser evitadas.

                    As rolhas de cortiça para vinhos tranquilos podem ser marcadas a fogo ou com tinta alimentícia. As destinadas a vinhos espumantes e Champagnes são sempre marcadas a fogo. As rolhas de espumante tem um calibre maior, pois precisam resistir à pressão do líquido. Também por este motivo, são feitas de aglomerado de cortiça, com duas lâminas de cortiça natural que ficam em contato com o vinho. As rolhas de cortiça podem ser de diferentes categorias: natural, aglomerada, colmatada.

                    A tampa screw cap teve origem na Suíça, nos anos 1950. Atualmente é muito usada na Austrália, para vinhos de consumo rápido. Para vinhos premium, a rolha de cortiça natural é a preferida. A China, que tem forte influência francesa no quesito vinho, também prefere rolhas de cortiça natural.

Fonte das informações: palestra com o Grupo Amorim, ministrada no IFRS campus Bento Gonçalves

Nenhum comentário:

Postar um comentário