O uso da cortiça, como a maioria das grandes descobertas, aconteceu por acaso. Grandes rolhas de cortiça eram usadas na antiguidade para fechar as ânforas de vinho. O monge Dom Pérignon, no século XVII, conseguiu manter as bolhas do Champagne ao utilizar rolhas de cortiça em vez das tampas de madeira e cânhamo usadas na sua época.
O sobreiro, árvore cuja casca é a cortiça, nasce em florestas espontâneas na Europa mediterrânea e na costa norte da África. Portugal é o maior produtor mundial. A primeira extração da casca dos sobreiros acontece quando a planta atinge cerca de 25 anos, mas o material extraído ainda não é adequado para as rolhas para vinho. Há uma segunda extração alguns anos depois, mas somente aos 40 anos a cortiça extraída pode ser utilizada em rolhas, pois neste momento a elasticidade e a umidade da casca de cortiça terão as características ideais.
É claro que o material das primeiras retiradas não é desperdiçado: há um enorme mercado para a cortiça, incluindo revestimentos na construção civil e peças automotivas.
Fonte das informações: palestra com o Grupo Amorim, ministrada no IFRS campus Bento Gonçalves
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