terça-feira, 22 de novembro de 2011

Defeitos do vinho: odor a rolha parte I


               O odor a rolha (ou gosto a rolha) é um problema de grande importância para o vinho. Desde as primeiras observações, datando do início do século XX, ele é associado com o desenvolvimento de mofos, que podem ocorrer já nos sobreiros, nas chapas de cortiça ou nas rolhas em si. 
               As espécies de mofo que prevalecem na cortiça são conhecidas por sua capacidade de armazenar energia para posterior crescimento em substratos não facilmente degradáveis. Durante a decomposição das longas cadeias carbonadas da cortiça são formados muitos intermediários voláteis, que são solúveis em álcool. Diferentes compostos são produzidos de acordo com a cepa do mofo e as condições sob as quais esse se desenvolveu. 
               O problema do odor a rolha é muito complexo. É recomendado prevenir o excesso de umidade e altas temperaturas, que facilitam o crescimento de fungos em todos os estágios de fabricação das rolhas. Há vários processos de estabilização e esterilização propostos, como tratamentos químicos e radiações esterilizantes. 
               Entretanto, esses métodos somente serão eficientes em proteger rolhas que não tenham sido previamente contaminadas. Observações iniciais levam a diferenciar o ‘verdadeiro odor a rolha’ dos ‘cheiros de mofo’.
               Felizmente, o odor a rolha verdadeiro é muito raro. Produz um odor pútrido muito desagradável que dá ao vinho um caráter nauseabundo. Sua origem é certamente relacionada com a cortiça, mas a causa real é desconhecida. Pode afetar todos os tipos de vinho engarrafado e arrolhado, independente do preço e do nível de qualidade.

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